quinta-feira, novembro 14, 2002
Dia desses mandei o Vlad se matar. De N/A por 20 minutos ele ficou N/A por umas 3 horas e meia. Bagunçado com a idéia de ele ter mesmo se matado, deitei na cama feliz e sonhei...
take 1 = Vlad coloca um banquinho perto da janela. Chorando pra caralho pela desventura que a vida lhe proporcionou, Vlad sobe no banquinho e coloca uma perna pra fora da janela. Desesperado, Vlad ainda se põe a pensar no que estaria fazendo naquele momento. Percebendo que então começou a contextualizar as paradas, Vlad solta um grito:
- "Eu só sei contextualizar as paradas". O zelador que passava ali no momento, olhou pra cima, conteve o riso, e esperançoso alimentou a coragem de Vlad:
- "Você criou tensão no mercado de perucas também, infeliz".
Sem tempo pra se lamentar, Vlad passa a outra perna pra fora da janela e solta os braços. Suicídio perfeito. Do 5o. andar? Não importa. Obviamente a cabeça não passou pela janela de 2m x 1,5m. Morreu na forca.
take 2 = Pais de Vlad chegam em casa com uma surpresinha para Vlad. Ao adentrarem o quarto, se desesperam ao ver apenas a cabeça do filho. Fathermir não crendo, tenta alimentar a felicidade da cria infeliz:
- Filhão, te trouxe uma obra de arte! Você não pode morrer sem ouvir isso. É o DVD do Sivuca plays Sonic Youth - Spanking Pigs Amazing Sounds (live in Paranapanema).
É apartir daí que fathermir e mothermir descobrem a situação em que se encontrava a cria mal feita. Chorando pra caralho, mothermir liga para a assistente social do Teleton que até aquele dia prestava ajuda ao Vlad. Em poucos minutos a assistente chegava à casa de Vlad. Ficou ali por 4 minutos, e antes de sair, encontrou Fathermir inconsolável:
- Tenho uma carta do infeliz. Ele realmente era infeliz, e depois que a verdade foi anunciada, ele escreveu e pediu para eu guardar sempre comigo. Tó. Lê aí.
take 3 = Fathermir saca a carta, de poucas palavras e muita angústia. Em silêncio, a lê.
Voz de fundo (tipo pensamento): "Meu Senhor, e meu Deus. Eu não aguento mais. Desde que conheci os guys percebi que a vida era muito massa, apesar do que sempre faltou pra eu ser feliz, ou mesmo as coisas ruins que me aconteciam. Fazíamos coisas alegres juntos, mas uma hora, há poucos meses atrás, percebi que felizes mesmo eram eles no país onde prostitutas patolam pirocas decentes e amor a primeira vista de puta é blefe. Percebi que eu não sou 'one of the dudes'. Sou uma 'material girl'. Me juntei às meninas. Deus, isso é deprimente. Sei que o Senhor queria me ver morto, talvez até eu queria. Mas ainda me sobra esperança. Hoje a noite vou entrar no ICQ, ficar N/A, bater punheta e dizer pros rapazes o quanto eu preciso deles. E dizer também que eu não me chamo mais Vladimir. Meu nome agora é Sidney Fu."
Fathermir chora mais ainda pra caralho.
take 4 = Policiais e peritos rondam o quarto de Vlad. Encontram DVD do Rammstein debaixo da cama, o que implica que uma sexta-feira da vida ele assistiu a este DVD. Claro que isto seria uma prova importante para justificar o suicídio do infeliz. Mas o mais importante foi descoberto ali, no ICQ. A mensagem de "vlad,se mata" enviada por mim foi um escândalo. Em menos de 2 horas, policiais cercaram o UniCeub, pois havia uma especulação enorme de que eu estudava lá.
take 5 = Preso e condenado a uma sexta-feira assistindo ao DVD do Rammstein na prisão, recebo a notícia de que o Fantástico naquele quadro onde os pais das vítimas se encontram frente a frente com o assassino de seus filhos estará lá. Chegam fathermir e mothermir.
Fathermir: Fala, peixe.
Eu: E ae, mano.
Fathermir: Verdade que tu sempre zuou meu filho infeliz?
Eu: Na moral, mano... Eu tava tentando ajudar. O suicídio seria menos doloroso pra vida dele.
Mothermir: Fiquei sabendo que ele te fez um mal terrível.
Eu: É, mano. Por causa dele fiquei doente. Mas não quero nem me alongar nessa história pra não envolver terceiros. É um vírus incurável. Fidaputa!
Vendo tamanha injustiça contra minha pessoa, pai de Vlad me absolve do castigo e triste por não poder comprar um caixão que coubesse a cabeça do infeliz de seu filho, doa a cabeça do bastardo para a polícia norte-americana, que a utiliza substituindo cadeiras-elétricas e injeções letais, surgindo assim a 'Pena de Vlad'. Punição cruel aos serial killers e terroristas, que são obrigados a ficar nús encostados em uma parede enquanto populares seguram a cabeça de Vlad e correm em direção ao condenado, sem chance de sobrevivência.
Dois anos depois, fui condenado à Pena de Vlad por cheirar cola em uma festa trance, no riozinho onde as pessoas se banhavam.
Patolino, fiel companheiro meu, na mesma festa trance, foi covardemente metrancado por simpatizantes de Vlad da facção Al Vlaeda enquanto dormia em uma oca.
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